domingo, 6 de junho de 2010

Tudo culpa da saudade

  - Eu tenho que ir – ele falou em meio a um suspiro.
  - Se me ama, não vá – ela falou chantagista.
  - Eu estou indo, porque eu te amo – ele disse simplesmente.
  Beijou-a na testa, e virou as costas, andando. Ela correu, e segurou a sua mão; ele parou.
  - Então é assim? É assim que termina? Você vai embora, vai buscar a sua felicidade, enquanto eu fico aqui, perdida. Você realmente não entende não é mesmo? – ela disse.
  - Eu entendo. – ele falou
  - Não, não entende! – ela fez uma longa pausa dramática, e depois continuou - não entende a importância que você tem pra mim, não entende o tamanho do meu amor por você, não entende!
  - Eu vou voltar. Mas eu tenho que ir! Não busque motivos, nem justificativas, as únicas coisas que você precisa saber é que eu te amo, e que vou voltar, confia em mim? – ele perguntou, ainda calmo.
  - Confio. – ela falou, e soltou seu braço.
  Novamente ele se foi, deixou-a perdida, sem direção. Ele realmente a amava, como nunca amara a ninguém. Só que não ia voltar; odiava deixá-la com esperanças, mas seria ainda pior acabar com elas. Ele nunca se perdoaria, mas o que ele não sabia, é que ela jamais perdoaria a si mesma por tê-lo deixado partir. Ninguém tinha culpa, a única culpada era a saudade que se recusava partir e deixá-los seguir em frente. A saudade era ainda pior do que o sentimento de culpa que rondava seus corações.

Dedicado à @rafa_rawr que pediu um texto sobre saudades. Espero que tenha gostado, rafa! Fiz o que eu pude.

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