Ela sonhava em ser livre. Voar longe; voar alto. Mas disseram-lhe que para ser livre, primeiro precisava conhecer a prisão. E cortaram-lhe as asas, ensinaram-lhe a andar ao invés de voar. E assim percorreu quilômetros. Sempre presa; sem asas; sequer penas. Não possuía penas, mas pena. Os olhos tristes, as pernas cansadas. Cortaram-lhe as asas: disseram-lhe que para ser livre, primeiro precisava conhecer a prisão. E talvez tivessem razão. Mas talvez fosse um erro negarem-lhe suas asas, suas penas. Pena.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário